
Venenos de Deus, Remédios do Diabo
by Published 01 Jan 2008Venenos de Deus, Remédios do Diabo.pdf | |||
Format | capa mole | ||
Pages | 192 | ||
Edition | 13 | ||
Publisher | Caminho | ||
ISBN | 9722119877 | ||
ISBN13 | 9789722119870 | ||
Language | por |
O jovem médico português Sidónio Rosa, perdido de amores pela mulata moçambicana Deolinda, que conheceu em Lisboa num congresso médico, deslocou-se como cooperante para Moçambique em busca da sua amada. Em Vila Cacimba, onde encontra os pais dela, espera pacientemente que ela regresse do estágio que está a frequentar algures. Mas regressará ela algum dia? Entretanto vão-se-lhe revelando, por entre a névoa que a cobre, os segredos e mistérios, as histórias não contadas de Vila Cacimba — a família dos Sozinhos, Munda e Bartolomeu, o velho marinheiro, o administrador, Suacelência e sua Esposinha, a misteriosa mensageira do vestido cinzento espalhando as flores do esquecimento.
Críticas de imprensa:
«Mia Couto não precisa de apresentações. Um contador de estórias nato, como o são os ancião africanos cheios de vivências próprias e alheias, as suas obras são já tão conhecidas como a sua escrita - o português reinventado que tão facilmente nos faz deslizar para os contextos e enredos criados (...) Mia Couto não desilude, o romance - mulato e anfíbio - prende da primeira à última palavra liberto de preconceitos extremados nos quais tantas vezes procuramos a seguranças das nossa leituras e dos nossos dias.»
Ana Vaz Pinto
"Venenos de Deus, Remédios do Diabo" Reviews

"Todos elogiam o sonho, que é o compensar da vida. Mas é o contrário, Doutor. A gente precisa do viver para descansar dos sonhos".

Um mundo onírico onde não se sabe bem se os protagonistas estão mortos e são os mortos que vivem.

Pura feitiçaria literária!

Adorei a prosa! Mia Couto já antes me tinha encantado com a astúcia com que esconde punhados de sabedoria por detrás de umas quantas frases de exímia construção. O cuidado que dedica a estas elocuções e o significado que delas se desprende, conduzindo-nos à reflexão, são, só por si, justificativa para a leitura dos seus livros. Adorei o sabor que acompanha o vernáculo; a comicidade empregada em algumas cenas de diálogo…
Infelizmente, não consigo colocar o enredo em tão estimada conta. Directamente, com as suas camadas de farsa e mentira envoltas em mistério e misticismo, este não cativou o meu interesse e, indirectamente, pareceu-me que Mia Couto quis falar-nos de uma complexidade que não coube satisfatoriamente, para mim, nestas 196 páginas.

Admito que estava com elevadas expectativas, e talvez por isso não o consiga achar mais do que "ok".
Comparado com os que já li dele, este deixou mesmo a desejar.
A única coisa em que consigo pensar é mentiras, mentiras, mentiras, mentiras e mais mentiras . Quando me pareceu que a história estava de facto a chegar a algum lado, eis que aparece um final abrupto que não nos dá nenhum tipo de conclusão.
A minha última impressão? Expectativas de tudo e certezas de absolutamente nada.